quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Novas formas de aprender

POr: Fábio Reynol


Todas as terças-feiras, cerca de 30 agentes da Prefeitura Municipal de Pedreira (SP) se reúnem para aprender a lidar com novas tecnologias e partilhar registros de visitas e entrevistas feitas com a população da cidade.

O encontro faz parte do projeto de doutorado de Carla Lopes Rodrigues, bolsista da FAPESP, vencedor da primeira edição do Prêmio Instituto Claro – Novas formas de aprender, que será entregue em cerimônia nesta quarta-feira (11/11).

Orientado pelo professor José Armando Valente, do programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o trabalho de Carla avalia a aplicação de recursos audiovisuais como ferramentas de apoio em programas sociais envolvendo saúde e educação.

Munidos de câmeras fotográficas e de vídeo e gravadores digitais, os agentes fazem entrevistas com a população e registram as visitas às residências. O material é avaliado em reuniões com médicos e outros profissionais de saúde, que discutem as demandas e necessidades locais bem como a melhor maneira de atendê-las. Para isso, o programa tem parceria com o Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

“Além de debater soluções para essas demandas, o projeto trabalha a inclusão social”, ressaltou Carla, salientando que antes do programa apenas três desses agentes públicos tinham e-mail. Hoje, além de terem endereço eletrônico, todos são periodicamente treinados nos usos de equipamentos multimídia.

O trabalho também propõe soluções tecnológicas para determinados problemas. “Um jogo eletrônico, por exemplo, pode ajudar na educação de jovens sobre gravidez na adolescência”, indicou. O objetivo é promover a inclusão digital e testá-la como ferramenta para identificação de problemas e de auxílio a soluções.

A iniciativa faz parte da Vila na Rede, que integra o projeto E-Cidadania, uma nova proposta de rede social on-line em desenvolvimento no âmbito do Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research.

As reuniões, parte presenciais, parte virtuais, contam com um telecentro montado na cidade de Pedreira ligado à rede KyaTera, desenvolvida no Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia) da FAPESP.

Nessa primeira versão, o Prêmio Instituto Claro recebeu 1.365 inscrições em três categorias: Vivência, Desenvolvimento e Pesquisa, esta última dividida em dois subgrupos “Graduação/Curso técnico” e “Pós-graduação” da qual Carla foi a vencedora. Thomas Eduardo Schiffino de Oliveira, aluno da Universidade Federal do Mato Grosso, foi o vencedor na categoria “Graduação”.

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fONTE Agência FAPESP

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